Entendo que toda aula deve ser centrada no estudante - a meu ver, a principal preocupação de um professor deve ser com a aprendizagem de seus estudantes e com a criação de um ambiente de aprendizagem que seja acolhedor e instigante. Nos tempos atuais é ainda fundamental que toda educação seja antirracista. Também acredito na incorporação da diversidade como um conceito crucial para a aprendizagem: encorajo os alunos e alunas a olhar para as coisas de diferentes perspectivas e fontes e a respeitar diferentes contextos e origens. Eu também acredito em pensamento crítico e mentes independentes. Eu entendo que existem várias maneiras de aprender. Por exemplo, podemos encontrar muito sobre a política e sociedades da América Latina ao lermos as obras de Gabriel García Márquez. Da mesma forma, pode-se aprender muito sobre as culturas políticas de Argentina e Brasil analisando os comícios políticos de Juan Perón e Getúlio Vargas. Pode-se entender muito sobre a cultura e a sociedade brasileira observando uma partida de futebol em um domingo à tarde de Maracanã lotado com a torcida do mengão, ou uma Roda de Samba e um Baile Funk. Um jogo de hóquei e tudo o que ele envolve (tudo o que celebra e não celebra) pode ser uma ótima maneira de entender a cultura canadense. Pode-se encontrar um curso completo sobre a história do Brasil nas páginas do Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro e usar Flight to Canada para discutir mitos raciais e culturais. Nas minhas aulas, gosto de explorar todos os caminhos, tanto os tradicionais quanto aqueles que muitas vezes estão escondidos dentro do passatempo favorito de um país ou de um programa de TV que gostamos. Eu faço isso porque as pessoas aprendem de maneiras diferentes. Quero mostrar aos meus estudantes todos os caminhos possíveis porque para pensar criticamente é fundamental olhar o mundo com olhos curiosos, sabendo que quase nada é “natural”.